sábado, 25 de julho de 2009

Determinação

Nada na vida se consegue sem determinação. Sem querer dizer que esta é a única premissa que nos conduz ao sucesso, digo que esta é uma das premissas mais importantes para nos conduzir o sucesso.
Quando falo em sucesso refiro-me a todas as áreas da nossa vida. De facto, é de extrema importância colocarmos sempre uma dose q.b. de determinação para alcançarmos o nosso objectivo.
Contudo, é frequente ouvir pessoas a lamentarem-se do facto de não possuírem determinação, mas ela existe em todo o ser humano e é uma força fundamental diante das dificuldades, sejam elas de que natureza for.
Com recurso a essa força, somos capazes de transformar os sonhos mais loucos e em realidade ou de alcançar objectivo impensáveis. Vulgarmente, a determinação é chamada de “força de vontade”.
Através desta força motora podemos modificar o que quer que seja na nossa vida, desde que haja determinação ou, se preferir, força de vontade…
Afinal nós somos únicos, especiais e possuímos todos os recursos que necessitamos dentro de nós. Basta usá-los…

sábado, 18 de julho de 2009

Saudade

Fogem-me as palavras ao mesmo tempo que procuro escrever o que me vai na Alma. Há dias em que os gritos da Alma são exprimidos através de sentimentos, emoções que apenas ganham forma nas palavras, palavras que dão sentido ao sentimento de revolta interior que paira em nós.
Desconheço os motivos desta sensação que me percorre a alma e invade o meu corpo, deixando-me distante, meditativo e em constante avaliação dos sentimentos que me invadiram o ser.
Aparentemente não existem razões para me sentir assim, no entanto, alguma razão me deixou assim. Qual? Não sei! Tão pouco importa. O que mais importa neste momento é deixar as palavras ganharem forma e deixar sair os sentimentos em forma de palavras. A interpretação será feita no fim.
Esporadicamente vivo este tipo de situações, sinto coisas, medito sobre situações, decifro sentimentos e dou sentido aos mesmos à medida que lhes dou forma. Posteriormente, em regra, surgem os motivos da reflexão.
Calmamente ela chega. Aos poucos vai ganhando forma, os sentimentos começam a ganhar sentido e o puzzle a ganhar forma. Descubro lentamente a razão deste estado dúbio em que me encontro e ele tem um nome: saudade.
Há alguns anos algumas pessoas partiram e, nesse momento, vivi muita dor, senti muita solidão e conheci de perto a sensação de vazio que nasce em nós quando alguém parte. Hoje, neste preciso momento, estou a vivenciar a saudade desses que partiram da minha vida e, o sentimento de saudade vem apenas relembrar em mim aqueles que partiram para a eternidade.
Esta revolta é um presente da vida, um momento de sabedoria e reencontro no qual eu e talvez todos aqueles que partiram, que recordo neste momento, nos saudamos e relembramos os tempos passados.

Eu que me aguente comigo

Contudo, contudo, Também houve gládios e flâmulas de cores Na Primavera do que sonhei de mim. Também a esperança Orvalhou os campos da minha visão involuntária, Também tive quem também me sorrisse. Hoje estou como se esse tivesse sido outro. Quem fui não me lembra senão como uma história apensa. Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo. Caí pela escada abaixo subitamente, E até o som de cair era a gargalhada da queda. Cada degrau era a testemunha importuna e dura Do ridículo que fiz de mim. Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse, Mas pobre também do que, sendo rico e nobre, Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo. Sou imparcial como a neve. Nunca preferi o pobre ao rico, Como, em mim, nunca preferi nada a nada. Vi sempre o mundo independentemente de mim. Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas, Mas isso era outro mundo. Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja. Acima de tudo o mundo externo! Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa

Tudo é fugaz...

Considera com frequência a rapidez com que se passam e desaparecem os seres e os acontecimentos. A substância, como um rio, está em perpétuo fluir, as forças em perpétuas mudanças, as cuasas a modificarem-se de mil maneiras; apenas há aí uma coisa estável; e abre-se-nos aos pés o abismo infinito do passado e do futuro onde tudo se some. Como não há-de ser louco o homem que, neste meio, se incha ou se encrespa ou se lamenta, como se qualquer coisa o tivesse perturbado durante um tempo que se visse, um tempo considerável?
Marco Aurélio (Imperador Romano), in "Pensamentos"

Confiança

É sempre mais fácil confiar e acreditar quando nada nos faz duvidar. Esta é uma reflexão que já partilhei com vocês, aqui neste blogue, e que a mim me continua a fazer imenso sentido. De facto, confiar significa acreditar, persistir, lutar mesmo que nada nos faça pensar que vale a pena continuar a tentar porque dificilmente será possível. Todavia, a vida é fértil em presentes “surpresa”…. Se eu soubesse…
Será que vale a pena desistir? O que é que é necessário para confiarmos em nós mesmos? Se não confiarmos em nós quem confiará? Será que a confiança nasce connosco? Será que se planta?

Desejos

Nem sempre a vida corre da forma que desejamos, umas vezes na vertente profissional, outras vezes na vertente pessoal. De facto, nem sempre somos presenteados com os nossos desejos e, não raras vezes, é habitual sentirmo-nos frustrados com isso. Contudo, com o decorrer do tempo muitas vezes acabamos por verificar que aquele desejo tão profundo poderia ter sido tão prejudicial a nós mesmos. Isto acontece em todas as áreas da nossa vida. Será que vale a pena ficar frustrado quando as coisas não correm como queremos?