"Não existe outra causa para o fracasso humano senão a falta de fé do homem em seu verdadeiro ser."
A confiança nos outros baseia-se, sem qualquer dúvida, em nós mesmos. Por consequência, quando invocamos o fenómeno confiança estamos a falar na nossa capacidade de confiar em nós mesmos, pois é a partir daí que somos capazes de confiar ou não nos outros. Por definição, entende-se a confiança em nós mesmos como o fenómeno da "autoconfiança", ou seja, a capacidade de sermos autónomos, que é o mesmo que dizer "não dependente de nada nem de ninguém para confiar em nós mesmos".
Contudo, a falta de autoconfiança é, muito provavelmente, um dos maiores flagelos das sociedades modernas, muito por culpa das constantes exigências que muitas vezes impomos a nós mesmos, sem esquecer aquelas vezes em que achamos que não somos suficientemente bons para agradar ou responder às expectativas dos outros.
Com efeito, é minha convicção profunda que todos nós somos suficientemente bons e acredito que só este pensamento é capaz de servir de base para viver em equilíbrio, e independente, como podemos analisar na imagem abaixo.
Na verdade, e como podemos ver na imagem acima exposta, a falta de confiança conduz o ser humano a uma luta incessante entre o ser e o reconhecer, quero eu dizer: a busca da aprovação do outro. Este ponto leva-me a reflectir: até que ponto necessitamos nós da aprovação do outro para viver? Porque razão muitas pessoas considera a opinião do outro verdadeira e justa?
A minha resposta assenta como uma luva neste grande pensamento: "Somos tão fúteis que nos importamos mesmo com a opinião daqueles que não nos importam." (Marie von Ebner-Eschenbach)