sábado, 21 de abril de 2012

A derrota




Por caminhos sinuosos, o Guerreiro movimenta-se lentamente. Fugiu da boa estrada, em busca de um pouco de paz.  Talvez busque um pouco de solidão. Um pouco de silêncio para se ouvir a si mesmo. Incomoda-o as palavras do outro. Os dedos no ar e a celebração da vitória dos que venceram. Reconhece, contudo, que a vitória é justa.   
O Guerreiro não gosta de perder, mas perde. Derrotado, gosta de meditar, de refletir sobre a derrota, de procurar perceber o que falhou, o que conduziu à derrota. Não pensa em recomeçar de novo. Apenas se deixa abater. Deixa os braços cair e sente o peso da derrota.
A lição é dura e o Guerreiro procura aceitar que há guerras que não são para ganhar.
Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam. (Antoine de Saint-Exupéry)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

As coisas boas da vida não se vêm: sentem-se



Nem sempre valorizamos devidamente as conquistas que fazemos ao longo da nossa vida. Por vezes, há uma tendência, quase que natural, para valorizar apenas e só as conquistas materiais. Em rigor, esse comportamento pode evidenciar uma certa tendência para valorizarmos apenas aquilo que somos capazes de observar, ignorando muitas vezes aquilo que sentimos.