sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para ti, com amor e carinho

Nem sempre é fácil colocarmos no papel os nossos sentimentos, especialmente quando eles se referem a alguém por quem possuímos sentimentos fortes. Hoje, sinto-me particularmente feliz, ao perceber a quão rico sou por te ter tido na minha vida.

Possivelmente, deves ter passado horas complicadas comigo, na fase em que a turbulência pouco mais permitia que crises de existencialismo e insegurança.

Porém, quero dizer-te que me sinto feliz por te ter tido meu lado, que te admiro e que me orgulho principalmente por me teres dado apenas o teu amor, o teu carinho, a tua atenção de forma tão pura, sabendo eu que não tinhas essa obrigação.

Contudo, mais que tudo o que tens fizeste por mim, aquilo que continuas a fazer mostra-me o quanto me amas, algo que nem sempre lembrei, talvez por sentir a falta de outra pessoa, talvez por ter demasiado saliente a minha insatisfação, característica inerente à minha condição de humano.

Na verdade, os anos passaram e deram-me a maturidade, a lucidez que eu necessitava para poder avaliar as situações com mais senso e justiça e hoje tudo faz todo o sentido na minha história de vida. Por tudo isso, és alguém que jamais quero esquecer, quero antes reconhecer, reconhecer todos os esforços e sacrifícios que fizeste para me tornares um ser melhor.

Queria dizer-te também que me impressionaste muito com toda a disponibilidade que sempre demonstraste ter, sempre que precisei de ajuda ou orientação, duma palavra carinhosa, de um sorriso ou de um simples abraço no tempo certo.

É certo que com os anos deixei de dizer tantas vezes obrigado, não por que não o merecesses ou porque me tivesse esquecido de tudo o que me fizeste, mas porque não há palavra no mundo para dizer na verdade aquilo que sentia por ti e para te fazer perceber o quanto te estou agradecido.

Apesar de ser para mim difícil falar de sentimentos quero expressar aqui apenas um, que resume toda esta carta e toda a nossa história: amo-te. Estejas onde estiveres e como estiveres…

Descansa em paz, com amor;

Ricardo

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Angústias

Frustração, desilusão, tristeza e uma sensação de depressão invade o meu coração. São momentos de dor, de angústia, sobretudo de desorientação. De repente, o tapete parece estar a fugir-me dos pés e do chão. Não consigo pensar com razão.

São sentimentos que me invadem, que me perseguem, que me chocam e me fazem torturar a mim mesmo, sem perceber qual a verdadeira razão. Medito, julgo-me, num exercício de tremenda crueldade no qual me culpo, não sabendo de quê. Que poderia ter feito? Que decisões poderia ter tomado? Que poderia ter feito eu para evitar essa situação?

A voz da razão silencia-se no meio das interrogações e, sem mais razões, caio aos pés da sensação de impotência. De facto, quando está escrito que temos de perder, nada podemos fazer para vencer.

Há momentos em que a impotência é o sentimento mais forte, a maior batalha a superar, a maior lição vida a aprender…

Há vida para além da morte, há vitória após a derrota, há forças depois da fraqueza, há alegria após a tristeza e há sobretudo confiança depois da perda…

Conforto a minha Alma, com a esperança de que tudo tenha um objectivo, que tudo tenha como finalidade no mínimo tornar-me mais forte, depois destas horas de fraqueza…

Por que, é sempre mais fácil acreditar quando nada nos faz duvidar…