terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Valores, Amor e Ego...

Cada vez mais as pessoas são desprovidas de valores. Hoje em dia, as pessoas apreciam e dão mais valor a coisas que na verdade são completamente fúteis, principalmente nas relações, sejam elas quais forem.
Na verdade, as relações devem ter alicerces assentes em sentimentos e princípios que se coadunem com aqueles que são os nossos valores e princípios basilares.
Contudo, muitas vezes, por dinheiro, por interesses, as pessoas atropelam tudo e todos em busca de algo que julgam ser essencial para si mesmo, muitas vezes atropelando os seus próprios ideais, custe isso o que custar.
Na verdade, as pessoas hoje parecem pouco se preocupar com aquilo que realmente importa e que deveria estar acima de qualquer outra coisa: os nossos valores. Contudo, a sociedade materialista em que vivemos, onde quem tem mais é mais bem sucedido e/ou mais importante levou a que muita gente partisse numa busca incessante daquilo que lhes pode dar mais valor: dinheiro e/ou status.
Porém, quando as relações assentam nos sentimentos e esses são nobres, falamos de sentimentos puros, e quando gostamos dessa maneira tudo é perfeito, por que aí estamos a falar em amar, na sua essência mais sublime.
No entanto, estamos a viver uma época na qual as pessoas dão mais importância e valor às necessidades do Ego ao invés de satisfazerem as necessidades mais recônditas da Alma, fruto das liberdades conquistadas, com as quais, muitas pessoas, passaram a confundir liberdade com libertinagem e perderam o respeito por elas mesmas.
Infelizmente as pessoas, o mundo, esqueceu-se que o mais importante nas relações, sejam elas de que natureza for, é algo que não se vê; o amor. Por mais que queiramos, status, beleza, poder, etc., é algo que não poderemos garantir toda a vida, por mais dinheiro que tenhamos. Os valores, os princípios e sobretudo o carácter deveriam estar presentes em todas as relações (amizade, romance, negócio)e em todas as situações de vida, por mais difíceis que possam parecer.
Contudo, nas relações, deveríamos ser capazes de ser humildes ao ponto de aceitarmos as pessoas tal e qual como elas são, e não nos esquecermos de estender isso a nós mesmos, por que a vida um dia termina, e as marcas no corpo até podem desaparecer, com a decomposição do corpo, mas as pegadas na Alma jamais irão desaparecer, até que as pessoas compreendam que amar é aceitar as pessoas como elas são e viver é aceitar a vida como ela é e que os nossos actos ficam gravados na nossa "caixa negra": Alma.
Na verdade, somos nós que construímos o mundo, porém, a mudança terá que partir de nós e aí descobriremos o verdadeiro sentido da palavra amar e amar é: deixar de comparar...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Desejo a todos os seguidores, amigos e visitantes do Diário Dum Pensador um Feliz Natal. Que 2010 possa ser um ano repleto de coisas boas e sobretudo de muitas vitórias e conquistas pessoais.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Momentos simples..

Há momentos simples. Momentos que simplesmente nos marcam pela simplicidade e naturalidade com que surgem e acontecem. Nestes momentos, sorrimos, sonhamos e viajamos no tempo sem preocupações e sem restrições. Nestes períodos, onde a companhia de alguém nos faz deslizar pelo tempo e pelo nosso próprio interior tudo é belo e nada, rigorosamente nada, distrai a nossa felicidade. São momentos simples que marcam pela intensidade que acontecem e que podem intrigar os mais desatentos pela naturalidade com que surgem. Há momentos em que simplesmente somos felizes… apenas felizes!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Saudade: Mito ou realidade


Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. Na verdade, recorremos a esta palavra sempre que recordamos o passado, qualquer que seja a conotação ou sentimentos subjacentes. Por vezes, a saudade está associada a momentos de dor, a pessoas que recordamos com tristeza por terem partido ou por estarem longe. Porém, menos frequente é a sua utilização como sentimento de amor, aquele sentimento de amor puro, que não se abala com a partida nem se esmorece com a distância. Apenas se manifesta pela felicidade de algo que um dia aconteceu ou por algo que se vai repetir...
Nem sempre saudade significa fim...

domingo, 29 de novembro de 2009

Fragmentos do passado

Hoje saí à procura de mim. Na verdade, nem sei bem por que saí, pois saí sem rumo, sem destino e supostamente sem razão alguma. Porém, nada na vida é por acaso. Acredito piamente nesta afirmação. Contudo, a saída deu-se sem razão aparente, mas como tudo tem uma razão, ela acaba por surgir mais tarde ou mais cedo.
Ao longo desta saída, tropecei em partes de mim, partes do meu passado que hoje se manifestaram. Por momentos, pensei que haviam coisas do meu passado por resolver. No entanto, a forma como as recordei e, uma parte, vivenciei fizeram-me perceber que não. De facto, estes fragmentos soltos, que hoje se manifestaram, são partes de mim bem resolvidas, assuntos bem guardados e acomodados no meu baú de memórias, onde guardo religiosamente a minha história.
Apesar disso, ao ser confrontado com estas manifestações de excertos do meu eu antigo, dei-me conta que de facto mudei para melhor. Ao tomar consciência disto, reflecti.
Recordei os tempos passados na agonia, o aperto no peito na hora de tomar decisões difíceis inerentes ao terminar de um ciclo. De facto, houve ciclos que se fecharam, houve medo de falhar, na tomada de decisões, e existiram muitas dúvidas sobre a minha capacidade de resistir ao desejo de voltar atrás. Hoje, a vida, de forma subtil, mostrou-me que o caminho é para a frente, que não devemos temer as mudanças, pois quase sempre elas se dão para melhor. Porém, tal não significa que, de quando em vez, esses fragmentos do passado não se manifestem. Hoje, alguns desses fragmentos manifestaram-se, com o objectivo de me mostrar a mim mesmo tudo aquilo que fui capaz de superar, apesar de naquele momento duvidar. De facto, tudo acontece por uma razão…
Há momentos em que recordar é viver! 

domingo, 22 de novembro de 2009

In peace

As palavras encravam na minha mente. Os pensamentos invadem a minha Alma. Sei que tenho de escrever, embora não saiba o quê. Há momentos na vida em que à primeira vista não existe uma justificação para as nossas acções, para os nossos impulsos, para os nossos sentimentos.
De facto, a ausência de razões parece justificar o sentimento de bem-estar que invade o meu corpo, a minha mente e sobretudo a minha Alma.
Na verdade, há momentos assim. Momentos que nos deixam: serenos, tranquilos, confiantes e que nos fazem deslizar pela vida, aproveitando cada momento, cada minuto, cada segundo com naturalidade. Hoje estou feliz, feliz apenas por que existo…

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novas estradas, velhos caminhos...

O foco é as decisões. Medito sobre elas, sobre os caminhos onde elas nos levam. Por vezes, sentimo-nos injustiçados pela vida, questionamos os porquês, procuramos entender o que fizemos de errado, questionamos a existência de Deus, questionamos até o modelo de mundo em que vivemos, mas nada, nem mesmo as respostas que ouvimos no nosso interior nos acalma a agonia em que mergulhamos.
De facto, as decisões são como que uma espécie de coordenadas, que nos vão levar a determinado destino, que muitas vezes é bem diferente daquele que idealizamos. Contudo, é sempre fácil questionarmos resultados depois de termos percorrido o caminho, é como quando fazemos um exame e no final “sabíamos tudo”, mas só depois de o ter feito e ter consultado as respostas…
Na verdade, todas as decisões geram consequências e aquilo a que nos deveríamos limitar era a assumir as responsabilidades de as ter tomado e com orgulho, pois tomar decisões é algo nobre e que nem todos têm coragem de fazer.
Todavia, o insucesso muitas vezes alcançado em experiências anteriores leva-nos a meditar muito sobre as decisões e os caminhos a escolher. Então, cheios de presunção e confiança tomamos decisões novas, geralmente exactamente iguais às anteriores, embora camufladas e justificáveis, com variáveis por vezes hilariantes, mas que na prática se revelam exactamente iguais às anteriores. É como que repetir o padrão e para adocicar a coisa apenas e só nos apercebemos no “destino”… se eu soubesse é o pensamento seguinte...
Em rigor, muitas vezes pensamos demais, executamos de menos e decidimos sempre pelo mesmo erro, no fundo é como que escolher novas estradas que nos conduzem a velhos caminhos…

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Para ti, com amor e carinho

Nem sempre é fácil colocarmos no papel os nossos sentimentos, especialmente quando eles se referem a alguém por quem possuímos sentimentos fortes. Hoje, sinto-me particularmente feliz, ao perceber a quão rico sou por te ter tido na minha vida.

Possivelmente, deves ter passado horas complicadas comigo, na fase em que a turbulência pouco mais permitia que crises de existencialismo e insegurança.

Porém, quero dizer-te que me sinto feliz por te ter tido meu lado, que te admiro e que me orgulho principalmente por me teres dado apenas o teu amor, o teu carinho, a tua atenção de forma tão pura, sabendo eu que não tinhas essa obrigação.

Contudo, mais que tudo o que tens fizeste por mim, aquilo que continuas a fazer mostra-me o quanto me amas, algo que nem sempre lembrei, talvez por sentir a falta de outra pessoa, talvez por ter demasiado saliente a minha insatisfação, característica inerente à minha condição de humano.

Na verdade, os anos passaram e deram-me a maturidade, a lucidez que eu necessitava para poder avaliar as situações com mais senso e justiça e hoje tudo faz todo o sentido na minha história de vida. Por tudo isso, és alguém que jamais quero esquecer, quero antes reconhecer, reconhecer todos os esforços e sacrifícios que fizeste para me tornares um ser melhor.

Queria dizer-te também que me impressionaste muito com toda a disponibilidade que sempre demonstraste ter, sempre que precisei de ajuda ou orientação, duma palavra carinhosa, de um sorriso ou de um simples abraço no tempo certo.

É certo que com os anos deixei de dizer tantas vezes obrigado, não por que não o merecesses ou porque me tivesse esquecido de tudo o que me fizeste, mas porque não há palavra no mundo para dizer na verdade aquilo que sentia por ti e para te fazer perceber o quanto te estou agradecido.

Apesar de ser para mim difícil falar de sentimentos quero expressar aqui apenas um, que resume toda esta carta e toda a nossa história: amo-te. Estejas onde estiveres e como estiveres…

Descansa em paz, com amor;

Ricardo

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Angústias

Frustração, desilusão, tristeza e uma sensação de depressão invade o meu coração. São momentos de dor, de angústia, sobretudo de desorientação. De repente, o tapete parece estar a fugir-me dos pés e do chão. Não consigo pensar com razão.

São sentimentos que me invadem, que me perseguem, que me chocam e me fazem torturar a mim mesmo, sem perceber qual a verdadeira razão. Medito, julgo-me, num exercício de tremenda crueldade no qual me culpo, não sabendo de quê. Que poderia ter feito? Que decisões poderia ter tomado? Que poderia ter feito eu para evitar essa situação?

A voz da razão silencia-se no meio das interrogações e, sem mais razões, caio aos pés da sensação de impotência. De facto, quando está escrito que temos de perder, nada podemos fazer para vencer.

Há momentos em que a impotência é o sentimento mais forte, a maior batalha a superar, a maior lição vida a aprender…

Há vida para além da morte, há vitória após a derrota, há forças depois da fraqueza, há alegria após a tristeza e há sobretudo confiança depois da perda…

Conforto a minha Alma, com a esperança de que tudo tenha um objectivo, que tudo tenha como finalidade no mínimo tornar-me mais forte, depois destas horas de fraqueza…

Por que, é sempre mais fácil acreditar quando nada nos faz duvidar…

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Para quê prepararmo-nos para o sofrimento?

Ele existe e sempre existirá. Não é algo que possamos controlar e, muitas vezes, apanha-nos desprevenidos. Mas temos que lhe mostrar que também somos capazes de o surpreender, para o fazermos basta mostrarmos que somos capazes de superar e, talvez ficar "feliz" pelo sofrimento causado, pois cada dor traz consigo aquilo que se chama de aprendizagem.

Não nos devemos preparar para o sofrimento, nem para as surpresas, porque eles fazem questão de nos apanhar desprevenidos, pois quanto mais nos preparamos, mais surpreendidos somos!

E a vida é "muita" para ser desperdiçada!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vive a vida sem medo do dia de amanhã

“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata ao trazer tudo o que poderia ter sido e não fui.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda recordamos, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por causa da mania maldita de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia”, quase sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez estes fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao nosso alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de a merecer.

Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar Alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade te sufoque, que a rotina te acomode, que o medo te impeça de tentar.

Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas a realizar do que a sonhar, a fazer que a planejar, a viver do que a esperar porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vice já morreu.”

Sê feliz.

Férias 2009

Voltei das férias. Sim, fui de férias:-)! Os pensadores também dão descanso à mente e, este ano, foram particularmente felizes, tendo em conta e comparação anos anteriores. Todavia, a vida é mesmo assim: um mar de surpresas. No entanto, o mais importante é que regresso forte, determinado, seguro, leve e motivado para continuar...

sábado, 25 de julho de 2009

Determinação

Nada na vida se consegue sem determinação. Sem querer dizer que esta é a única premissa que nos conduz ao sucesso, digo que esta é uma das premissas mais importantes para nos conduzir o sucesso.
Quando falo em sucesso refiro-me a todas as áreas da nossa vida. De facto, é de extrema importância colocarmos sempre uma dose q.b. de determinação para alcançarmos o nosso objectivo.
Contudo, é frequente ouvir pessoas a lamentarem-se do facto de não possuírem determinação, mas ela existe em todo o ser humano e é uma força fundamental diante das dificuldades, sejam elas de que natureza for.
Com recurso a essa força, somos capazes de transformar os sonhos mais loucos e em realidade ou de alcançar objectivo impensáveis. Vulgarmente, a determinação é chamada de “força de vontade”.
Através desta força motora podemos modificar o que quer que seja na nossa vida, desde que haja determinação ou, se preferir, força de vontade…
Afinal nós somos únicos, especiais e possuímos todos os recursos que necessitamos dentro de nós. Basta usá-los…

sábado, 18 de julho de 2009

Saudade

Fogem-me as palavras ao mesmo tempo que procuro escrever o que me vai na Alma. Há dias em que os gritos da Alma são exprimidos através de sentimentos, emoções que apenas ganham forma nas palavras, palavras que dão sentido ao sentimento de revolta interior que paira em nós.
Desconheço os motivos desta sensação que me percorre a alma e invade o meu corpo, deixando-me distante, meditativo e em constante avaliação dos sentimentos que me invadiram o ser.
Aparentemente não existem razões para me sentir assim, no entanto, alguma razão me deixou assim. Qual? Não sei! Tão pouco importa. O que mais importa neste momento é deixar as palavras ganharem forma e deixar sair os sentimentos em forma de palavras. A interpretação será feita no fim.
Esporadicamente vivo este tipo de situações, sinto coisas, medito sobre situações, decifro sentimentos e dou sentido aos mesmos à medida que lhes dou forma. Posteriormente, em regra, surgem os motivos da reflexão.
Calmamente ela chega. Aos poucos vai ganhando forma, os sentimentos começam a ganhar sentido e o puzzle a ganhar forma. Descubro lentamente a razão deste estado dúbio em que me encontro e ele tem um nome: saudade.
Há alguns anos algumas pessoas partiram e, nesse momento, vivi muita dor, senti muita solidão e conheci de perto a sensação de vazio que nasce em nós quando alguém parte. Hoje, neste preciso momento, estou a vivenciar a saudade desses que partiram da minha vida e, o sentimento de saudade vem apenas relembrar em mim aqueles que partiram para a eternidade.
Esta revolta é um presente da vida, um momento de sabedoria e reencontro no qual eu e talvez todos aqueles que partiram, que recordo neste momento, nos saudamos e relembramos os tempos passados.

Eu que me aguente comigo

Contudo, contudo, Também houve gládios e flâmulas de cores Na Primavera do que sonhei de mim. Também a esperança Orvalhou os campos da minha visão involuntária, Também tive quem também me sorrisse. Hoje estou como se esse tivesse sido outro. Quem fui não me lembra senão como uma história apensa. Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo. Caí pela escada abaixo subitamente, E até o som de cair era a gargalhada da queda. Cada degrau era a testemunha importuna e dura Do ridículo que fiz de mim. Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse, Mas pobre também do que, sendo rico e nobre, Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo. Sou imparcial como a neve. Nunca preferi o pobre ao rico, Como, em mim, nunca preferi nada a nada. Vi sempre o mundo independentemente de mim. Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas, Mas isso era outro mundo. Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja. Acima de tudo o mundo externo! Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa

Tudo é fugaz...

Considera com frequência a rapidez com que se passam e desaparecem os seres e os acontecimentos. A substância, como um rio, está em perpétuo fluir, as forças em perpétuas mudanças, as cuasas a modificarem-se de mil maneiras; apenas há aí uma coisa estável; e abre-se-nos aos pés o abismo infinito do passado e do futuro onde tudo se some. Como não há-de ser louco o homem que, neste meio, se incha ou se encrespa ou se lamenta, como se qualquer coisa o tivesse perturbado durante um tempo que se visse, um tempo considerável?
Marco Aurélio (Imperador Romano), in "Pensamentos"

Confiança

É sempre mais fácil confiar e acreditar quando nada nos faz duvidar. Esta é uma reflexão que já partilhei com vocês, aqui neste blogue, e que a mim me continua a fazer imenso sentido. De facto, confiar significa acreditar, persistir, lutar mesmo que nada nos faça pensar que vale a pena continuar a tentar porque dificilmente será possível. Todavia, a vida é fértil em presentes “surpresa”…. Se eu soubesse…
Será que vale a pena desistir? O que é que é necessário para confiarmos em nós mesmos? Se não confiarmos em nós quem confiará? Será que a confiança nasce connosco? Será que se planta?

Desejos

Nem sempre a vida corre da forma que desejamos, umas vezes na vertente profissional, outras vezes na vertente pessoal. De facto, nem sempre somos presenteados com os nossos desejos e, não raras vezes, é habitual sentirmo-nos frustrados com isso. Contudo, com o decorrer do tempo muitas vezes acabamos por verificar que aquele desejo tão profundo poderia ter sido tão prejudicial a nós mesmos. Isto acontece em todas as áreas da nossa vida. Será que vale a pena ficar frustrado quando as coisas não correm como queremos?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quem somos?

Nem todas as histórias de vida são pintadas em tons coloridos. Em rigor, há pessoas que passam ou passaram ao longo das suas vidas situações de grande carga emocional, que posteriormente deram origem a comportamentos desajustados, muitas vezes transformados em impulsos difíceis de controlar. Hoje tomei conhecimento de uma história de vida marcada pela tragédia e pela vivência de situações de grande dramatismo.
Ao tomar conhecimento desta história, o pensamento que me invade a mente é simples e muito claro: como pode alguém ter equilíbrio vivenciando este tipo de situações? Até que ponto o nosso percurso de vida influencia aquilo quem somos?
Afinal quem é que somos nós? Um misto da nossa essência e o resultado das influências que sofremos ao longo do nosso percurso? De facto, parece não haver grandes dúvidas que somos resultado daquilo que vivenciamos anteriormente e o meio em que estamos ou estivemos inseridos também contribui para o resultado final do "quem somos".

terça-feira, 23 de junho de 2009

O caminho mais fácil...

A vida concede-nos a possibilidade de fazer múltiplas escolhas, de definir qual ou quais os melhores caminhos a seguir. Porém, nem sempre é fácil assumir o risco de nos metermos pelo caminho mais difícil, o caminho no qual os nossos princípios estão ou devem estar acima de tudo o resto.
É um facto que este caminho pode exigir mais de nós, que pode ser arriscado e muito duro fazer deste o caminho principal da nossa vida pois, geralmente, este caminho afasta algumas pessoas, com quem até simpatizamos, da nossa vida. Por força disso, não raras vezes, muitas pessoas atropelam completamente os seus princípios e convicções, muitas vezes por covardia ou medo de perder, mas acabam por perder aquilo que o ser humano tem de maior: o seu carácter.
Há momentos na vida em que temos que ter a segurança de dizer um não, a capacidade de dizer na cara de alguém aquilo que pensamos, sem temores, apenas e só para sermos fieis a nós mesmos para respeitarmos a nossa própria identidade. Nem todos são capazes de o fazer… para muitos a covardia é o caminho mais fácil!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mágoas escondidas*

Há dias em que acordamos sentindo-nos de todas as formas, menos felizes. Nesses momentos, a confusão, a dúvida, a insegurança e sobretudo a incerteza caracteriza o nosso estado de Alma. De facto, dependemos das relações para nos sentirmos equilibrados. Somos seres relacionais e as relações têm o poder, a capacidade de nos dar o norte.
É difícil quando partilhamos a vida com alguém e nos sentimos sozinhos, sem ter com quem partilhar as nossas pequenas conquistas, principalmente quando essas pessoas não nos dão valor. Torna-se mais difícil quando não ouvem o nosso silêncio, quando não percebem que a nossa Alma precisa de desabafar. É difícil quando temos mágoas escondidas que não podemos partilhar. É difícil quando precisamos de alguém para nos amar!
De facto pode ser difícil, mas é nessas dificuldades que percebemos quais as nossas verdadeiras necessidades. Uma coisa é certa, esta é uma forma estranha de amar!
*Texto dedicado a uma amiga especial.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Para os meus amigos



sábado, 30 de maio de 2009

Caminhos vazios...

Há momentos na vida em que sentimos falta de algo, sem contudo sermos capazes de dizer o quê. Encontrei-me com esse estado hoje e aqui estou eu a partilhar. É sempre mais fácil falar de momentos marcantes pela positiva, aqueles carregados de emoção e energia, porém este veio carregado de sabedoria.
Somos dominados pela sensação de bem-estar. Buscamos essa sensação, incessantemente, numa busca permanente da sensação que nos deixa a sonhar, que quase nos faz voar.
Vagueio em mim mesmo. Busco respostas. A distância entre o meu corpo e os meus pensamentos é muito acentuada. Vivo momentos nos quais os sentimentos são difíceis de explicar. Não consigo pôr em palavras os sentimentos que me vão na Alma. Apenas sei que tenho que falar. Falar de quê? Porquê?
Aos poucos a mente clareia. Sinto um vazio. Um vazio daqueles que não é desagradável, mas um vazio daqueles que nos mostram que há falhas na nossa vida, falhas que têm que ser preenchidas. Hoje, estou a sentir isso ou talvez hoje esteja a ver que tenho necessidade de preencher esses vazios de suprir essas lacunas. Talvez esteja a verificar que há espaços em mim que quero preencher. Será esse o caminho? Será que temos que estar completos? Será que essa necessidade, que por vezes sentimos, é a luz que nos ilumina e nos mostra o caminho, que devemos seguir ou será que esse é o caminho para o qual não devemos partir? Talvez a minha Alma veja aquilo que o meu corpo não vê...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Porque há coisas que não nos ultrapassam...

É sempre mais fácil culpar os outros pelos nossos falhanços do que assumir as nossas responsabilididades. A questão que aqui se levanta é: por que é que temos essa necessidade quase intrínseca de culpar alguém por tudo ou por nada? Será que tem que existir sempre um responsável pelos acontecimentos na nossa vida? É possível esse responsável não sermos nós próprios? Que buscamos nós quando culpamos outras pessoas pela nossa condição e/ou dores?
Manifestem-se e dêm os vossos pontos de vista!

Aquele abraço.

sábado, 16 de maio de 2009

A igualdade das diferenças

Muito mais que um conjunto de oportunidades ou ameaças, a globalização, dos mercados e povos, veio trazer uma maior diversidade cultural às sociedades. Em resultado, tornou-se primordial saber lidar com as diferenças culturais de forma a evitar situações de conflito ou discriminações.
Com a diversidade cultural, o surgimento de novas ideias e dinâmicas nas empresas e/ou grupos tornou-se uma realidade difícil de contornar. Dessa forma e apesar
de pessoas da mesma raça poderem partilhar algumas semelhanças, isso não significa que sejam culturalmente diferentes e que não queiram que a mesma seja reconhecida. Por vezes, este exercício roça a valorização pessoal.
Isto acontece, nomeadamente, em situações em que determinada pessoa julga e/ou considera os seus valores superiores ao dos outros e em situações em que é efectuado um julgamento sobre o valor das pessoas, tendo em conta a sua aparência física e étnica, etc.
Este tipo de julgamentos ocorre geralmente por que o ser humano tem uma tendência quase natural para considerar a sua cultura como a mais correcta e não entendem que, quando se falamos em identidades culturais, a questão não reside em ser melhor ou pior mas simplesmente em ser diferente.
Saber respeitar as diferenças e os valores dos outros é muito mais que um acto de boa educação é sobretudo um acto de inteligência. Devemos valorizar-nos pelo que somos e não por aquilo que os outros não são.

sábado, 9 de maio de 2009

Illusions...

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Tudo se funde e confunde. Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'

terça-feira, 5 de maio de 2009

A forma mais justa de viver :-)

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para frente. Nós deveríamos morrer primeiro, livrar-nos logo disso. Depois viver num asilo, até ser mandado para fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Depois trabalhar 40 anos até ficar novo o suficiente para poder aproveitar a reforma. Aí aproveitar tudo, beber bastante álcool, fazer festas e preparar-se para a faculdade. Posteriormente, ir para o colégio, ter várias namoradas, tornar-se criança, não ter nenhuma responsabilidade, tornar-se um recém-nascido, voltar para o útero da mãe, e passar os últimos nove meses de vida flutuando... e terminar tudo com um óptimo orgasmo! Não seria perfeito?"
Charles Chaplin
Partilho com vocês uma forma diferente de se pensar a vida. Não sei se era a melhor, mas que me desperta algum interesse lá isso desperta...
Aproveitem e comam iogurtes!...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Só por hoje...

Respeita-te a ti mesmo
Sê fiel a ti próprio
Sê autêntico
Entende-te a ti próprio
Perdoa-te
Admira-te
Elogia-te
Sê verdadeiro contigo
Não te julgues
Não te condenes

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Recuperar

Quem vai à guerra dá e leva. Este ditado, de sabedoria popular, aplica-se muitas vezes no nosso quotidiano. Nem sempre as coisas correm de acordo com as nossas expectativas e isso, quase que inevitavelmente, acaba por conduzir a estados de frustração, intimamente ligados à depressão.
Todavia, quando olhamos para estas situações de vida de uma outra forma, de uma outra perspectiva, acabamos por entender que nessas perdas, dores ou derrotas (conforme quisermos classificar) é-nos dada a chance de alcançar uma vitória sobre nós mesmos.
Ao sermos capazes de dar a volta, a essas situações menos positivas, estamos sem qualquer tipo de dúvida a alcançar um triunfo sobre nós mesmos, pois o comum é ouvir "não sou capaz".
Porém, ao ultrapassar esses obstáculos, os resultados e lucros que daí podem advir são imensuráveis.
Perante isto, o desafio a nós mesmos pode e deve ser encarado como uma oportunidade de crescimento e vitória. Conscientes de que podemos perder uma batalha, mas não a guerra. Um guerreiro nunca morre, às vezes é ferido, mas recupera sempre.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Quando nada diz tudo...


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tomar decisões...

A vida ensina-nos muita coisa. Nesse disposto, há momentos na vida em que somos arrastados para processos de tomadas de decisões, nem sempre fáceis de tomar. É a inteligência da vida a convidar-nos a enfrentarmos os nossos receios mais sublimes e a conceder-nos a possibilidade de verificarmos até que ponto temos respeito por nós mesmos.
Não raras vezes, este tipo de decisões implica a possibilidade de nos desviarmos de pessoas que julgamos ser importantes na nossa vida. Claro está que esse é um dos factores que algumas vezes acaba por de alguma forma dificultar essa tomada de decisão, mesmo muitas vezes revelando-se a mais acertada.
Todavia, o medo da solidão e da perda acaba por exercer grande pressão sobre nós mesmos e isso pode ser fundamental. Enfrentado esse medo ou receio, conforme o tamanho da nossa insegurança, os resultados podem ser verdadeiramente espantosos. Além de nos permitir perceber até que ponto estão as pessoas na nossa vida (amigos, familiares, colegas, etc.) é-nos dada a capacidade de conhecer quais os nossos limites.
Na verdade, tudo na vida parece ter um limite e quando os mesmos são atingidos poderá não haver retorno e esse pode ser mais um dos factores a alimentar o nosso medo, a nossa indecisão ou se preferirmos a nossa insegurança.
Perante tudo isto, torna-se vital tomar decisões. Tomar decisões, mesmo que estas se revelem difíceis e desafiem todas as nossas estruturas, a execução destas acaba por nos trazer benefícios incalculáveis à primeira vista.
Um dos primeiros lucros, em resultado de tão nobre acto de coragem, de nos enfrentarmos a nós mesmos, é o nível da nossa auto-confiança que sobe consideravelmente, para níveis muitas vezes impensáveis antes.
Porém, os ganhos não ficam por aqui pois, este acto de coragem acaba por possibilitar que se sinta uma liberdade interior muito grande e entrar numa cadeia e num ciclo de positivismo e capacidade de auto-suficiência, não descurando as relações inter-pessoais, fundamentais ao equilíbrio do ser humano.
No entanto, esta tomada de posição, como referido antes, pode desviar dos nossos caminhos pessoas até então consideradas importantes. Em rigor, as tomadas de decisão são uma ambivalência uma vez que tomar decisões implica obrigatoriamente abdicar de algo e, como bons humanos que somos, nem sempre é fácil abdicar de algo.
Em resumo, tomar decisões é um convite a olhar para a frente, abdicar do posso passado, o qual têm extrema importância para os museus, é um aceno ao futuro e o futuro é sempre melhor. É como que convidar as pessoas a deixar de viver a vida, olhando constantemente pelo retrovisor, passando dessa forma a vivê-la de olhos postos no futuro. Para a frente é que é caminho. De facto, podemos errar mas o erro faz parte da experiência!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Against myself...

Há momentos na vida em que temos que dizer basta. Nem sempre é fácil, mas por vezes, é o mais racional a fazer. Hoje decidi dizer basta. Basta a algumas ilusões, convicções e desilusões.
Certas vezes, somos impulsinados a manter ilusões e convicções para alimentar o ego. Muitas vezes, mantemos essas ilusões e convicções suportados na crença de que vamos alcançar essas ilusões e que se as abandonarmos estamos simplesmente a desistir.
Todavia, nem sempre abandonar ilusões pode ser classificado como desistência no sentido de derrota. Há alturas da vida em que desistir significa deixar o passado partir. Partir para nos tornarmos livres e podermos sorrir. Não é matar a esperança, é dar uma oportunidade à esperança de abrir portas e janelas a quem merece. Deixar que o presente entre, que o futuro possa entrar e deixar que o passado vá para o seu devido lugar.
Manti durante muito tempo algumas ilusões. Agarrado a elas fui fechando olhos, janelas, portas. Deixei escapar oportunidades, isolei-me, culpei-me e não raras vezes tive pena de mim próprio. Hoje, a vida deu-me a oportunidade de dizer sim a mim mesmo. Deu-me a chance de poder enfrentar, uma vez mais, o medo de perder. Deu-me a possibilidade de vencer.
Há momentos na vida em que temos que arriscar ganhar, mesmo sabendo que podemos perder. Acreditar quando nada nos faz duvidar é extremamente fácil. Difícil é acreditar quando tudo nos faz duvidar. Eu sei que vou ganhar...

sexta-feira, 20 de março de 2009

"O limpa palavras"

"Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
A palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
Enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.
Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
É preciso raspar-lhe a sujidade dos dias
E do mau uso.
Muitas chegam doentes,
Outras simplesmente gastas, estafadas,
Dobradas pelo peso das coisas
Que trazem às costas."

quinta-feira, 19 de março de 2009

A vida e os seus tempos

Há um tempo de nascer...
Um tempo de plantar, e um tempo de colher...
Um tempo de matar, e um tempo de curar...
Um tempo de demolir e um tempo de edificar
Um tempo de Chorar, e um tempo de rir...
Um tempo de lamentar, e um tempo de dançar...
Um tempo de espalhar pedras, e um tempo de juntá-las...
Um tempo de abraçar, e um tempo de abster-se de abraçar...
Um tempo de procurar, e um tempo de perder...
Um tempo de perder, e um tempo de jogar fora...
Um tempo de rasgar, e um tempo de coser...
Um tempo de calar, e um tempo de falar...
Um tempo de Amar, e um tempo de não Amar...
Um tempo de guerra e um tempo de PAZ...


(Eclesiastes 3)

sábado, 14 de março de 2009

Desejo-te tempo...

Não te desejo um presente qualquer, Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Desejo-te tempo, para te divertires e para sorrir;
Desejo-te tempo para que os obstáculos sejam sempre superados E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planear e realizar, Não só para ti, mas também para os outros.
Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,
Desejo-te tempo para te encontrares, Desejo-te tempo, não só para passar ou vê-lo no relógio,
Desejo-te tempo, para que fiques; Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.
Desejo-te tempo para tocares as estrelas, E tempo para crescer e amadurecer.
Desejo-te tempo para aprender e acertar, Tempo para recomeçar, se fracassares...
Desejo-te tempo também para poder voltar atrás e perdoar.
Desejo-te tempo, para ter novas esperanças e para amar. Não faz mais sentido protelar.
Desejo-te tempo para ser feliz. Para viver cada dia, cada hora como um presente.
Desejo-te tempo, tempo para a vida. Desejo-te tempo. Tempo. Muito tempo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

The secret...

Por vezes, determinadas pessoas, provocam em nós estados de grande inspiração. Hoje fui arrastado para um desses momentos, resultado: uma reflexão que me deixou em profunda meditação.
Decidi partilhar com vocês. Comentem:-)
"Não tenhas medo de arriscar com medo de cair. Não tenhas medo de cair com medo de ser criticado. Não te levantes porque te pedem mas sim porque és capaz".
Be yourself, keep the hope and be happy...
(Tradução: Sê tu mesmo, mantêm a esperança e sê feliz...)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Na luz da escuridão...

A noite cai lentamente e, ao fundo, posso ouvir a melodia da chuva a cair. Mergulho em mim mesmo e sou conduzido até aos meus pensamentos mais sublimes. Deixo a mente vaguear até o turbilhão de dúvidas acalmar.
Mais uma vez fui convidado a reflectir. Hoje questiono a existência. Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? O que estamos a fazer aqui? Qual o objectivo desta passagem? Existe alguma missão a cumprir aqui? O karma realmente existe? Estamos aqui para o pagar ou entender? O destino existe?
São muitas as dúvidas e poucas as certezas. Procuro respostas. O momento é de reflexão e análise. Procuro compreender muitas das situações que me ocorrem na vida e embarco numa viagem, ao interior de mim mesmo, à procura das respostas que possam dissipar as minhas dúvidas.
A noite já vai longa e tudo aquilo que surge é a dúvida. Dúvidas e mais e mais dúvidas, questões e mais questões. As perguntas que se levantam continuam sem resposta mas as sensações, essas mudam.
A impaciência é subitamente substituída pela curiosidade. Sinto um desejo estranhamente agradável. Nasce em mim uma vontade de iniciar uma caminhada, em busca das respostas para as perguntas e dúvidas que se levantaram ao longo desta primeira fase da minha caminhada pela vida.
Sou invadido pela tranquilidade. Algo em mim sabe que parte da resposta foi alcançada. Meter pés ao caminho é a primeira parte da resposta. Iniciar a caminhada em busca das outras respostas a segunda fase do processo. Nas dúvidas surgem novos caminhos e por isso vou partir em busca da luz na escuridão. Em busca da iluminação que me irá consentir a compreensão. A resposta já veio, apenas ainda não consegui compreender...
Continua… em breve!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A esperança...

A caminhada da vida caracteriza-se por altos e baixos. Ao longo do percurso somos forçados a fazer escolhas e essas nem sempre se revelam as mais acertadas.
No decorrer desse processo de escolhas e, em resultado das mesmas somos por vezes projectados para momentos de dor, de dúvidas e geralmente esses não são períodos fáceis de ultrapassar.
Ao reflectir sobre estes momentos procuro uma resposta satisfatória para as questões que se levantam: o que fazer em momentos de crise? Como reagir? Existirá uma forma mágica que podemos adoptar para enfrentarmos esses momentos?
“Não haverá razão para viver, nem termo para as nossas misérias, se for mister temer tudo quanto seja temível. Neste ponto, põe em acção a tua prudência; mercê da animosidade de espírito, repele inclusive o temor que te acomete de cara descoberta. Pelo menos, combate uma fraqueza com outra: tempera o receio com a esperança. Por certo que possa ser qualquer um dos riscos que tememos, é ainda mais certo que os nossos temores se apaziguam, quando as nossas esperanças nos enganam.
Estabelece equilíbrio, pois, entre a esperança e o temor; sempre que houver completa incerteza, inclina a balança em teu favor: crê no que te agrada. Mesmo que o temor reúna maior número de sufrágios, inclina-a sempre para o lado da esperança; deixa de afligir o coração, e figura-te, sem cessar, que a maior parte dos mortais, sem ser afectada, sem se ver seriamente ameaçada por mal algum, vive em permanente e confusa agitação. É que nenhum conserva o governo de si mesmo: deixa-se levar pelos impulsos, e não mantém o seu temor dentro de limites razoáveis. Nenhum diz:
- Autoridade vã, espírito vão: ou inventou, ou lho contaram.
Flutuamos ao mínimo sopro. De circunstâncias duvidosas, fazemos certezas que nos aterrorizam. Como a justa medida não é do nosso feitio, instantaneamente uma inquietude se converte em medo.”
No excerto acima, de Séneca, in “Dos Reveses”, podemos ver uma das possíveis posturas a seguir em períodos de crise. Claro está que o princípio da subjectividade nos poderá levar a concluir que esta poderá não ser a fórmula mágica ou que fórmulas mágicas não existem para determinadas problemáticas.
Todavia e apesar do princípio que devemos possuir de aceitar como válidas toda e quaisquer opinião, a minha é bastante definida. Socorro-me numa frase de grande sabedoria para a expressar "A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade. (Suenens)".
A postura pode ser arriscada, assumo-o, aceito que pode ser interpretada como uma postura um "tanto ao quanto romancista", no entanto ver todas as coisas da vida, mesmo as aparentemente menos positivas, pelo lado menos colorido parece-me um risco muito maior.
Poder-se-á também fazer a leitura que, em certas circunstâncias, poderemos estar a usar a esperança como uma arma para não aceitar o fim das coisas mas… o tempo tudo cura e, a vida é demasiado sábia para nos permitir cometer um erro tão primário.
Termino deixando o convidando-os a fazer uma reflexão e meditar nas palavras de Hegel. "O princípio do mundo moderno é a liberdade da subjectividade. Esta implica quatro conotações: individualismo; direito à crítica; autonomia do agir; a filosofia idealista.”