Por caminhos
sinuosos, o Guerreiro movimenta-se lentamente. Fugiu da boa estrada, em busca
de um pouco de paz. Talvez busque um
pouco de solidão. Um pouco de silêncio para se ouvir a si mesmo. Incomoda-o as
palavras do outro. Os dedos no ar e a celebração da vitória dos que venceram.
Reconhece, contudo, que a vitória é justa.
O Guerreiro
não gosta de perder, mas perde. Derrotado, gosta de meditar, de refletir sobre
a derrota, de procurar perceber o que falhou, o que conduziu à derrota. Não
pensa em recomeçar de novo. Apenas se deixa abater. Deixa os braços cair e sente
o peso da derrota.
A lição é dura
e o Guerreiro procura aceitar que há guerras que não são para ganhar.
Há vitórias
que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam. (Antoine
de Saint-Exupéry)