Assumir total responsabilidade das consequências das nossas opções, em todas as áreas da nossa vida, pode ser algo difícil de fazer. É o destino, é a vida. É a minha sorte… ele não quis. Estas são algumas das citações mais frequentes mas será que a vida ou alguém é totalmente, ou em parte, responsável pelo sucesso ou insucesso das nossas escolhas? Estarão algumas ou mesmo todas as áreas da nossa vida entregues à boa vontade da vida, simplesmente à boa ou má sorte? Será o destino uma verdade absoluta? Será que existem coisas que não podemos evitar?
As questões levantadas, em resultado deste breve exercício de reflexão, são de facto pertinentes e nem sempre gerarão consenso. Todavia, acredito que, em certa medida, todos nós sofremos de uma certa tendência para atribuir a algo ou a alguém, grande parte, senão total, a responsabilidade do sucesso ou insucesso, resultante das nossas escolhas, da nossa boa ou má vida.
É de grande utilidade a frase, carregada de grande sabedoria, de Dhammapade “Nós somos aquilo o que pensamos. Tudo o que somos emerge com os nossos pensamentos.” Seguindo esta linha de raciocínio é possível concluir que tudo na nossa vida é resultado dos nossos pensamentos e, nessa perspectiva, somos os únicos e verdadeiros responsáveis pela nossa condição de vida.
Ao meditar sobre isto, dou comigo a pensar sobre a racionalidade deste ponto de vista. Será este um ponto de vista razoável? Seremos nós os verdadeiros responsáveis de tudo aquilo que nos acontece na vida? Aplica-se esta regra a todas as áreas da nossa vida?
Permito-me fazer um exercício de racionalização e análise, para evitar dominar-me pelo impulso, procurando dessa forma evitar conclusões precipitadas e desfasadas da razão. Lentamente, emerge à minha mente a minha conclusão: concordo com Dhammapade. Porém, ao assumir esta postura existe algo que fica, inevitavelmente, comprometido: o destino.
Ao concordar, possivelmente, estamos a dizer que o destino é algo em constante mudança, algo que se altera diariamente, fruto das nossas decisões e escolhas diárias. Poderemos até afirmar que o destino não existe. Que toda a responsabilidade sobre a nossa vida é exclusivamente nossa.
Porém, discordar poderá significar que todos e quaisquer esforços são infrutíferos e estar a imputar responsabilidades a alguém (ou a algo) a responsabilidade de nos complementar ou fazer felizes.
Em resumo, há algo incontornável, assumir qualquer uma destas posições acarreta sempre responsabilidades, que nem sempre poderemos querer assumir. Numa somos responsáveis por tudo, noutra somos responsáveis por nada. Todavia, daqui surge uma outra responsabilidade, que é inteiramente nossa: a liberdade de escolha. No meio poderá estar a virtude, mas também poderá estar a passividade e o conformismo ou a postura do burro no meio da ponte...
As questões levantadas, em resultado deste breve exercício de reflexão, são de facto pertinentes e nem sempre gerarão consenso. Todavia, acredito que, em certa medida, todos nós sofremos de uma certa tendência para atribuir a algo ou a alguém, grande parte, senão total, a responsabilidade do sucesso ou insucesso, resultante das nossas escolhas, da nossa boa ou má vida.
É de grande utilidade a frase, carregada de grande sabedoria, de Dhammapade “Nós somos aquilo o que pensamos. Tudo o que somos emerge com os nossos pensamentos.” Seguindo esta linha de raciocínio é possível concluir que tudo na nossa vida é resultado dos nossos pensamentos e, nessa perspectiva, somos os únicos e verdadeiros responsáveis pela nossa condição de vida.
Ao meditar sobre isto, dou comigo a pensar sobre a racionalidade deste ponto de vista. Será este um ponto de vista razoável? Seremos nós os verdadeiros responsáveis de tudo aquilo que nos acontece na vida? Aplica-se esta regra a todas as áreas da nossa vida?
Permito-me fazer um exercício de racionalização e análise, para evitar dominar-me pelo impulso, procurando dessa forma evitar conclusões precipitadas e desfasadas da razão. Lentamente, emerge à minha mente a minha conclusão: concordo com Dhammapade. Porém, ao assumir esta postura existe algo que fica, inevitavelmente, comprometido: o destino.
Ao concordar, possivelmente, estamos a dizer que o destino é algo em constante mudança, algo que se altera diariamente, fruto das nossas decisões e escolhas diárias. Poderemos até afirmar que o destino não existe. Que toda a responsabilidade sobre a nossa vida é exclusivamente nossa.
Porém, discordar poderá significar que todos e quaisquer esforços são infrutíferos e estar a imputar responsabilidades a alguém (ou a algo) a responsabilidade de nos complementar ou fazer felizes.
Em resumo, há algo incontornável, assumir qualquer uma destas posições acarreta sempre responsabilidades, que nem sempre poderemos querer assumir. Numa somos responsáveis por tudo, noutra somos responsáveis por nada. Todavia, daqui surge uma outra responsabilidade, que é inteiramente nossa: a liberdade de escolha. No meio poderá estar a virtude, mas também poderá estar a passividade e o conformismo ou a postura do burro no meio da ponte...